LUANNA J IMENE S
performance | live art
no interior do estúdio do através.art.br, as ações ganharam um caráter introspectivo, em oposição aos experimentos no ambiente urbano dos anos anteriores.
O processo caminhou com experimentos motivados pelas leituras, a publicação de Evaristo de Miranda intitulada Corpo: Território do Sagrado permitiu estabelecer sentidos simbólicos para um corpo configurado enquanto natureza. O cubo branco do estúdio passou a ser ocupado pelas corporeidades, uma figura humana que se define pelas intensidades.
Instruções para uma verticalidade ou Lições de Ascensão
O Germe ferido. Os pés nos assentam no chão, permitem a postura vertical, a marcha, são o lugar de contato com a terra, ponto de partida para verticalização e ascensão.
Os pés representam o suporte da postura ereta, a base da estatura, o domínio do ter. Fomos chamados para viver de pé, instaurados em nossa verticalidade. Nenhum corpo estranho deve nos separar da terra-mãe. A terra sobre a qual estamos de pé. Quando tiramos os sapatos, os pés tocam o solo e vivemos uma experiência capaz de derrubar muralhas. Quando o pé está em contato direto com a terra, é possível que se transmita ou absorva algo do chão. O pé designa cada uma das duas extremidades inferiores, uma a cada membro inferior, constituídas de tarso, metatarso, respectivas articulações e partes moles que recebem as ósseas. É comum distinguir os dedos ou a ponta do pé, a palma ou a planta do pé, o peito do pé e o calcanhar.
A forma anatômica da planta do pé - assenta no chão - lembra uma semente, um feto recurvado sobre si mesmo. A expressão ‘planta do pé’ trás a associação com o ser vivo do Reino Vegetal.